A violencia e a sua representacao artistica tem sido desde sempre objecto de vibrantes debates. Na criacao contemporanea, a violencia continua a ser um dos mais insistentes refraos tematicos. Analisa-se aqui um corpus seleccionado da dramaturgia britanica de matriz realista do pos-Segunda Guerra Mundial, incluindo textos de John Whiting (Saints's Day, 1951), Brendan Behan (The Quare Fellow, 1954), John Osborne (Look Back in Anger, 1956), Harold Pinter (The Birthday Party, 1958), Arnold Wesker (Chicken Soup with Barley, 1958; Roots, 1959; e I'm Talking about Jerusalem, 1960), John Arden (Serjeant Musgrave's Dance, 1959), David Rudkin (Afore Night Come, 1962), Giles Cooper (Everything in the Garden, 1962), Edward Bond (Saved, 1965) e Charles Wood (Dingo, 1967). Sao textos reportados a uma geracao de dramaturges conhecidos como "Angry Young Men" e a uma Segunda Vaga de dramaturges dos anos sessenta que reagem as alteracoes na geometria politica e social motivadas pela Segunda Guerra Mundial. Na analise a que se procede e estudada a maneira como cada obra configura as representacoes de violencia, de que resultou a diferenciacao nas seguintes tipologias: violencia sistemica; sobre o corpo; verbal; e de guerra.