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Quantos de nós vivemos numa Casa Amarela?
Está na hora de irmos lá para fora, onde a vida está a acontecer. Onde os pássaros cantam nas árvores, as árvores abraçam o céu, o céu suspira nos rios, os rios são bebidos pelas flores, as flores são cheiradas pelas abelhas. Está na hora de irmos lá para fora, onde a vida está a acontecer.
A Casa Amarela é sobretudo uma história de contrastes. Uma casa cheia de espaço onde vive uma família de palavras absolutamente vazias de significado. Existem palavras para todos os gostos, mas cada uma vive para si mesma, sozinha, isolada, por vezes até escondida nos lugares escuros e poeirentos onde não há vida, sem qualquer vontade de se juntar e nem de ir lá para fora em busca do sentido da sua existência.
Uma metáfora desorientada da vida e da sociedade em que vivemos, onde nos habituamos cada vez mais «a estar cá dentro», nos espaços cheios do nosso vazio, onde nunca nos sentimos tão sozinhos, apesar de estarmos sempre conectados. Onde entre ecrãs e imaginações adormecidas, o papel da família se dissipa por entre a falta de tempo, de liberdade e de vontade para criar e sonhar juntos.