"João Manuel Ribeiro abre, nestes poemas, uma das portas do amor quemuitas vezes é aberta em forma de verso: a do amor romântico quefere e inquieta, porém, desfazendo-se dos abrandamentos das palavrasque muitos poetas lançam mão para tornar a poética menos carnal.Como um rasgo, um corte, uma marca dolorida sobre a pele, João ManuelRibeiro escreve os seus poemas como quem acaba de experimentartodas as sensações que lhe deram origem, como quem acaba de osvivenciar, não somente no plano da criação, mas no plano da realidade.E mais uma vez me pergunto: a realidade também não é uma recriação?(...)«Notícias Fugazes do Amor» é um relato, um retiro, umdesabafo, uma fenda. Manoel António Pina, poeta conterrâneo de JoãoManuel Ribeiro, disse certa vez: ""Frequentemente escreve-sepoesia e fazem-se versos também para encontrar um refúgio"". È esta aimpressão que se tem quando nos relemos nos versos de JoãoManuel que cantam as derivas e os temporais da alma em estado decolisão, de paixão, de refúgio."""" [Do posfácio][Emiliana Carvalho,Salvador - Bahia - Brasil 22.12.2016]"